O vão livre de 74 metros de extensão foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi como uma praça cívica, um local de encontro e convivência destinado a manifestações culturais diversas, como dança, teatro, música e circo, além de exposições interativas e didáticas. O trabalho de Iván Argote (Bogotá, Colômbia, 1983) reforça a vocação do espaço ao propor uma instalação interativa composta por duas plataformas móveis dispostas nas extremidades do vão, transformando-o em um campo de experimentação sensorial e social.
A obra funciona como uma grande gangorra que se inclina conforme o deslocamento dos visitantes, refletindo as dinâmicas de equilíbrio e movimento coletivo. Quando uma única pessoa se move, o equilíbrio se mantém quase inalterado; no entanto, a ação coletiva pode redefinir completamente a inclinação da plataforma, que pende para um lado ou para o outro. A situação mais complexa ocorre quando os participantes distribuem seu peso de maneira equilibrada, alcançando um estado de estabilidade.
Com curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e assistência de Matheus de Andrade, assistente curatorial, MASP, a instalação propõe novas leituras sobre espaços públicos, intervenções urbanas e estruturas de poder. As gangorras de Iván Argote desafiam monumentos — símbolos da memória coletiva e da história — ao transformar o espaço público em um playground aberto: um local de encontro que incentiva a convivência, o diálogo e a interação dentro da comunidade.
“É um momento histórico do museu. O projeto de Lina [Bo Bardi] prevê como uma de suas características centrais a confluência entre o espaço museológico e o vão livre. O trabalho de Argote dialoga com o pensamento de Lina e sugere uma metáfora para a relação entre indivíduo e sociedade, evidenciando o poder da colaboração para provocar mudanças. Ao aliar ludicidade e reflexão, o artista convida o público a repensar suas interações no espaço urbano e na vida em comunidade. Uma obra muito adequada para essa nova fase do MASP”, afirma Matheus de Andrade.
O trabalho chega agora ao Brasil após ser exposto na Bienal de Lyon, na França, em 2024; em Riade, na Arábia Saudita, em 2023; e no Centquatre de Paris, em 2017. Reformuladas para se adequar ao vão livre do MASP, as gangorras têm 15 metros de comprimento, cinco metros de largura e dois de altura. A obra poderá ser vista por quem passar pela Avenida Paulista a qualquer momento, e acessada pelos visitantes todos os dias, das 10h às 22h.
SOBRE O ARTISTA
Iván Argote nasceu em 1983, em Bogotá, Colômbia, e é radicado em Paris. Artista e cineasta, realiza filmes, fotografias, esculturas e performances, além de instalações de grandes dimensões, muitas vezes construídas para espaços públicos. Seus trabalhos problematizam as relações do homem contemporâneo com as estruturas de poder, os sistemas de crenças e os espaços urbanos. Em 2024, participou da 60ª Bienal de Veneza e instalou uma escultura no High Line de Nova York, além de ter realizado exposições individuais em Copenhague, Dallas, Berlim e Ardez, na Suíça.
SERVIÇO
Iván Argote: O Outro, Eu e os Outros
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, com assistência de Matheus de Andrade, assistente curatorial, MASP
Vão livre, Edifício Lina Bo Bardi
Visitação: a partir de 10.4.2025
Diariamente das 10h às 22h
Entrada gratuita
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista
01310-200 São Paulo, SP
Telefone: (11) 3149-5959
Site oficial
Facebook
X (ex-Twitter)
Instagram
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, mediante solicitação pelo e-mail acessibilidade@masp.org.br; textos e legendas em fonte ampliada e conteúdos audiovisuais com audiodescrição, legendagem e interpretação em Libras. Todos os materiais ficam disponíveis no site e canal do Youtube do museu e podem ser utilizados por pessoas com ou sem deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessadas, seja em visitas espontâneas ou acompanhadas pela equipe MASP.
Visitas acessíveis
Pessoas com deficiência podem fazer uma visita acompanhada pela equipe MASP.
Solicitação via e-mail: acessibilidade@masp.org.br.
Cadernos com textos e legendas em fonte ampliada
Os cadernos acessíveis contêm todos os textos e legendas das exposições, em fonte ampliada, além de instruções sobre as salas de exposição, disposição das obras, fluxos e circulação, e breve descrição do espaço. Os cadernos físicos ficam disponíveis para uso durante a visita e a versão digital, em PDF, pode ser acessada via QR code. Com leitor de tela, é possível ouvir todo o conteúdo textual das mostras.
[ESTE CONTEÚDO ESTARÁ DISPONÍVEL EM BREVE]
Conteúdos audiovisuais
Com narração, audiodescrição, legendagem e interpretação em Libras, desenvolvidos a partir dos textos curatoriais, apresentando um panorama da exposição.
Disponíveis no site e canal do Youtube do museu.
[ESTES CONTEÚDOS ESTARÃO DISPONÍVEIS EM BREVE]
Objetos táteis
Para algumas exposições, a equipe MASP Acessibilidade desenvolve objetos táteis que se aproximam das formas e materialidades de alguma obra em exibição. Os objetos não ficam disponíveis nos espaços expositivos, mas acompanham as visitas descritivas realizadas pela equipe, que podem ser solicitadas por pessoas com deficiência em acessibilidade@masp.org.br.