Em diferentes dias da semana, de modo presencial ou on-line, o MASP Escola oferece os cursos de Estudos Críticos, módulo que aborda tópicos específicos da cultura contemporânea. Cada curso tem duração mínima de 8 horas, ou quatro aulas de duas horas cada uma.
De programa intensivo, o módulo tem como objetivo ser um espaço de debate sobre as intersecções entre a arte e as questões políticas e sociais de peso na atualidade. As aulas também transitam pelos assuntos propostos pelos ciclos temáticos que pautam o programa de exposições do museu a cada ano.
A matrícula pode ser feita de maneira independente em cada um dos cursos.
Ao considerar a ausência, ou incompletude, muitas vezes intencional, de representações de gênero e sexualidade não hegemônicas em arquivos e acervos, este curso propõe, a partir de uma abordagem teórico-histórica, analisar criticamente políticas de memória contemporâneas por meio do estudo de práticas estético-políticas contra-normativas nas artes brasileiras, como forma de escrita de histórias sexo e gênero dissidentes. Reunimos um conjunto de estratégias de auto-representação e ressignificação, visando narrar histórias de movimentos, individuais e coletivos, cujas práticas configuram estratégias micropolíticas de afirmação na diferença.
O Habitar foi um tema importante na obra da arquiteta italo-brasileira Lina Bo Bardi desde os anos 1940 na Itália até seu falecimento em 1992 no Brasil. O curso dará ênfase na análise de projetos, obras, desenhos, textos e artigos realizados pela arquiteta sobre habitar, sobre morar, sobre o viver urbano, sobre a casa em sentido amplo e gregário. Deste modo, propomos percorrer sua trajetória histórica em articulação com o Movimento Moderno. Em dinâmicas expositivas, leituras e conversas a proposta é um curso interativo, participativo e celebra 110 anos de nascimento da arquiteta.
Neste curso, pretende-se examinar um conjunto de obras de José Leonilson, Hudnilson Jr. e Rafael França, três artistas que começaram a produzir mais intensamente no final da década de 1970 e início dos anos 1980, em que o desejo e o erotismo funcionam, em certa medida, como motor da criação, influindo no próprio modo como o corpo humano se apresenta em seus trabalhos. Esse corpo, que se configura como um corpo erótico, acaba, muitas vezes, por se fragmentar, se transformar e até mesmo se desmaterializar.
O curso oferece uma leitura da história da gravura, explorando suas interações com a história da arte e das mentalidades ao longo dos séculos. A partir da análise de imagens impressas, o curso analisa essas obras com os contextos em que foram produzidas, buscando compreender a gravura como uma costura entre diferentes campos do conhecimento. Essa abordagem permite refletir sobre o papel da gravura na construção de novos modelos imagéticos e formas de pensamento, destacando sua relevância histórica e conceitual.