Os cursos de Histórias da Arte são oferecidos semestralmente e organizados em um módulo que reúne quatro cursos independentes, porém complementares. Juntos, eles abrangem um arco histórico que vai do século 14 ao 21.
O diferencial está no enfoque em histórias abertas, plurais e diversas, que exploram múltiplos territórios, períodos, linguagens e discursos. Por isso, o módulo é intitulado “Histórias” e não “História” da Arte.
Cada curso, com cerca de 14 aulas, é conduzido por um professor especializado e conta com a participação de convidados que ministram conferências ao longo do semestre. Esse formato permite um mergulho aprofundado em temas específicos e valoriza a pluralidade de perspectivas.
Assim, os participantes têm acesso a um panorama abrangente de abordagens e métodos de crítica, mediação e interpretação da produção artística, sempre em diálogo com as obras da coleção do MASP.
O curso apresenta e analisa parte da produção artística e expositiva a partir das vanguardas do início do século 20 até os dias atuais, articulando as práticas em diferentes continentes e estimulando a revisitação desses tópicos a partir de questões de hoje. De uma perspectiva da História Social, explora as invenções e cruzamento de novas linguagens propostas por artistas, arquitetos e designers, apontando eixos que caracterizam os modernismos, seus desdobramentos e as proposições contemporâneas em diálogo com essas tradições e com seu próprio contexto, a partir, principalmente da ação do MASP como museu contemporâneo. O objetivo é que cada encontro possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos atuais.
O curso pretende apresentar e discutir as manifestações artísticas do mundo ocidental ao longo do século 19, desde a Revolução Francesa, na obra de Jacques-Louis David, até os anos que antecedem à Primeira Guerra Mundial. O objetivo principal do curso é entender como a arte da tradição europeia se modifica ao longo do século 19 dando origem ao que se conhece de modo amplo como arte moderna. Além dos artistas já mencionados, ao longo do curso serão vistos nomes como Ingres, Delacroix, Monet, Van Gogh e Lautrec. As obras do acervo do MASP serão o fio condutor do curso.
O curso apresenta uma visão abrangente do Renascimento italiano, dividido em dois ciclos. No primeiro, serão explorados nove temas fundamentais para a compreensão desse período histórico, por meio da análise de obras de arte. No segundo ciclo, o foco será o estudo detalhado de algumas das obras mais icônicas do período, como a decoração da Capela Sistina, as salas de Rafael no Vaticano, pinturas de Botticelli e Tiziano, e esculturas de Donatello, Verrocchio e Michelangelo.
O curso propõe uma abordagem singular da arte nacional. Investigaremos a formação das narrativas canônicas que, ao longo do tempo, determinaram quais obras, artistas e conceitos seriam perpetuados. Questionaremos a suposta imparcialidade dessas narrativas, que não apenas representam, mas também influenciam aspectos cruciais para seus criadores. Nosso objetivo é promover uma leitura crítica das escolhas que moldaram essa conformação e explorar seu significado para a cultura do país e seu impacto.
Além disso, buscamos ativamente desenvolver e incentivar novas narrativas, valorizando a pluralidade e dando voz ao que foi silenciado, ocultado e marginalizado. Esse impulso surge da reflexão sobre o presente e do desejo de diálogo. Estamos em uma era única: o surgimento de práticas artísticas originadas por agentes historicamente subalternizados está intrinsecamente ligado à ocupação de espaços físicos, epistemológicos, estéticos e sensoriais, acompanhado por uma crítica que teoriza sua produção.